“Tchau querido!”: Marcelo Ramos anuncia oficialmente saída do PL e deve ‘grudar’ em Lula, Ciro, Aziz e até Kassab
Brasil – O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), anunciou nesta terça-feira (7/11) que vai se desfiliar oficialmente do Partido Liberal em razão de uma “incompatibilidade” com a agenda político-eleitoral do partido após a filiação do presidente Jair Bolsonaro na última semana.
O deputado Federal já havia declarado que se sentia “incomodado” desde quando a filiação do presidente Bolsonaro havia sido confirmada ao PL.
Medo de perder o cargo
O deputado Federal recebeu a carta do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para deixar o partido sem medo de ter o mandato buscado na Justiça pela sigla por infidelidade partidária. No texto, Costa Neto também se compromete a manter o apoio para que ele continue na vice-presidência da Casa.
Até que se cumpra o prazo previsto em lei para desfiliação, Ramos continuará formalmente filiado ao partido que hoje comporta o presidente Jair Bolsonaro, no entanto, segundo o acordo, não mais representará a legenda em atividades na Câmara, como faz em orientação de liderança em sessões da Câmara, por exemplo.
“Em diálogo com o presidente Valdemar, nós chegamos a uma acordo e eu recebi hoje a autorização, através de uma carta que registra essa incompatibilidade política da minha presença diante do novo projeto político-eleitoral do partido, com a filiação do presidente Bolsonaro. O presidente Valdemar, de uma forma muito fraterna e, cumprindo o que havíamos dialogado há algum tempo, como é da tradição de fazer política dele, hoje assinou uma carta que autoriza a minha saída”, disse o deputado Federal.
Futuro político
O deputado federal em coletiva de empresa sobre sua certa futura desfiliação, não anunciou a qual partido pretende se filiar e ainda parece desnorteado sobre a questão. Mas falou sobre proximidade como o senador ‘Maus Caminhos’ Omar Aziz e do ‘apadrinhado da JBS’ Gilberto Kassab, ambos do PSD.
Lula
Marcelo Ramos disse também que está aberto a qualquer possibilidade que não inclua, como usou a expressão em coletiva, “sentar no colo de Bolsonaro”, ao qual considera “único extremista” do cenário político. Pela fala, o deputado federal não considera o ex-condenado Lula da Silva um político de extrema-esquerda. Então “sentar no colo” de Lula ou qualquer outro coronel, como Ciro Gomes, é uma possibilidade para Marcelo.