Secretária de Presidente Figueiredo pede exoneração do cargo após o irmão ser acusado de desviar R$600 mil
Amazonas – Na última quarta-feira (06), a secretária de Assistência Social de Presidente Figueiredo, Eleíta Almeida, pediu exoneração do cargo após ter um familiar envolvido no escândalo de desvio de cartões auxilio municipal. O caso foi comentado na manhã desta sexta-feira (08), na 30ª Sessão Plenária da Câmara de vereadores, em Manaus.
Durante a sessão, os vereadores se manifestaram pedindo o afastamento da secretária e subsecretária alegando que ambas estavam a frente da pasta.
“É indicar mesmo que a prefeita afaste a secretária e subsecretária até que seja verificado o real resultado que aconteceu na secretaria, independente de ser irmão, porque se a gestão está nas mão das duas, elas deveriam minimamente saber e acompanhar o que está acontecendo a simples omissão não pode acontecer”, disse Ver. Virgilio Mendonça, 10º secretário da mesa diretora da câmara.
O vereador Odimar Cipriano (PDT), solicitou por meio de requerimento um esclarecimento do caso de desvio que envolve o irmão da agora ex-secretária, uma outra mulher e um comerciante local.
No entanto, os vereadores não tinham ciência de que ainda nesta quinta-feira (07) o Diário Oficial do Município havia publicado a exoneração de Eleíta.
Exoneração
A assessoria de comunicação da prefeitura de Presidente Figueiredo, em nota, informou que a atual secretária de assistência social, Eleíta Almeida, solicitou ainda na quarta-feira (06) a sua exoneração.
Agora, oficialmente exonerada da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania de Manaus (Semasc), Eleíta Almeida deve assumir como vereadora na Câmara de Presidente Figueiredo, já que tomou posse no dia 4 de agosto deste ano e pediu licença para ficar a frente da pasta.
O caso
O pesadelo de Eleíta começou quando as investigações foram iniciadas a partir de denúncia de que cartões de auxílio emergencial, estariam sendo desviados da Semasc e estariam sendo trocados por dinheiro no comércio de Presidente Figueiredo.
As investigações apontam que até o momento, considerando que eram 8 mil cartões, informações relatam que pouco mais de 6 mil famílias resgataram os cartões. Considerando que do total restavam 954, calcula-se que em torno de 1 mil cartões podem ter sido desviados e podem ter tido os seus valores sacados ilegalmente.
Lembrando que o valor de saldo de cada cartão é de R$600,00, o valor desviado próximo a R$600.000,00 (seiscentos mil reais).