Brasília Amapá Roraima |
Manaus
STORIES
Brasília Amapá Roraima

Ministro Flávio Dino envia imagens de 4 das 185 câmeras do Ministério da Justiça para CPMI

Compartilhe
Ministro Flávio Dino envia imagens de 4 das 185 câmeras do Ministério da Justiça para CPMI

Brasil – O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) se viu envolvido em uma polêmica após a divulgação de que apenas uma fração das imagens de suas câmeras de segurança foi enviada à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro. A notícia veio à tona através de uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo e levanta questionamentos sobre a transparência do órgão em relação ao fornecimento de evidências.

De acordo com o veículo de imprensa, o MJSP inicialmente enviou gravações captadas por apenas dois equipamentos de vigilância. Posteriormente, na quinta-feira (31), um novo conjunto de imagens, proveniente de pelo menos outras duas câmeras, foi repassado à CPMI. No total, o Ministério da Justiça possui 185 câmeras de segurança em seu sistema de monitoramento.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, alegou que o sistema de gravação no edifício do Palácio da Justiça, situado ao lado do Congresso Nacional, possui capacidade de armazenamento limitada a menos de 30 dias. Segundo ele, após esse período, as imagens mais recentes substituiriam automaticamente as mais antigas. Dino também responsabilizou a prestadora de serviço de manutenção das câmeras pelo não envio de todas as imagens à CPMI.

No entanto, o contrato de manutenção dos equipamentos foi assinado em 2021, quando o MJSP já havia implementado seu sistema de gravação, incluindo uma sala equipada com drives para armazenar as imagens. O jornal O Estado de São Paulo informou que o sistema em operação no Ministério da Justiça tem a capacidade de recuperar imagens gravadas em dias anteriores, contrariando as alegações do ministro sobre a eliminação automática das imagens mais antigas. Além disso, o contrato de manutenção não especifica um período de tempo para a preservação das imagens.

Em entrevista à GloboNews, Flávio Dino reiterou a responsabilidade da empresa encarregada do circuito de câmeras do Ministério da Justiça pela falta de disponibilidade das imagens de 8 de janeiro. Ele afirmou que todas as imagens existentes já haviam sido entregues às autoridades competentes, incluindo as da Polícia Federal, que as requisitou em fevereiro.

Questionado pelo jornal O Estado de São Paulo sobre o motivo de não terem sido preservadas todas as imagens das câmeras de segurança no dia dos ataques extremistas, o Ministério da Justiça não esclareceu a questão. A pasta limitou-se a afirmar que “as imagens consideradas importantes pelas autoridades competentes para os inquéritos em curso foram preservadas”.


Siga-nos no Google News Portal CM7