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Enquanto a população anda na lama, Prefeito de Autazes gasta quase R$17 milhões com aluguel de veículos pesados

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Amazonas – Enquanto os cofres públicos parecem se esvaziar mais rápido do que um pneu furado em uma estrada de terra, o prefeito de Autazes, Andreson Cavalcante, parece não sentir pena dos cofres públicos e ostenta contratos milionários de locação de veículos pesados. E como diz o ditado popular, “não se mexe em time que está ganhando”, este é o terceiro ano consecutivo em que o prefeito opta por essa mesma rota de gastos.

O último despacho de homologação, divulgado no diário oficial da Associação Amazonense de Municípios (AAM), revela que a cifra desta vez chega a impressionantes R$16,2 milhões. Uma quantia que, para muitos, poderia muito bem pavimentar algumas estradas, se é que me entendem.

Os detalhes desse acordo sugerem que os preços são tão variáveis quanto a previsão do tempo no meio da selva amazônica. Desde mais de R$ 2 milhões para o aluguel de um caminhão basculante até R$ 161,2 mil para a locação de um modesto caminhão baú, parece que há algo para todos os gostos (ou para todas as necessidades da prefeitura).

E quem é a sortuda vencedora deste leilão de aluguel de veículos? A WSV Construção e Comércio de Produtos Alimentícios e Apoio Administrativo LTDA, uma empresa com sede em Manaus, cuja atividade econômica principal é, vejam só, o “comércio varejista de produtos alimentícios não especificados anteriormente”. Uma transição suave, de alimentos para tratores, como se fosse tão natural quanto mudar de marcha.

Curiosamente, esse é o terceiro ano consecutivo em que Cavalcante decide manter essa tradição de gastar alguns milhões em aluguéis de veículos. Em 2022, foi a Philar Construções e Terraplanagem Ltda. que recebeu a bolada. No ano seguinte, foi a vez da Plenus Comércio Varejista de Tintas e Locação de Máquinas e Equipamentos e Construção LTDA abocanhar uma parte do bolo.

E agora, em 2024, a WSV é quem sorri de orelha a orelha enquanto conta os zeros na conta bancária. Não dá para deixar de notar que, enquanto os prefeitos alegam cortes no orçamento para manter os serviços essenciais à população, há sempre uma fatia generosa reservada para esses contratos duvidosos.

Enquanto as estradas continuam cheias de buracos e a população espera por melhorias reais em infraestrutura, talvez seja hora de questionar se esses milhões não poderiam ser investidos de forma mais sensata, como em projetos que realmente beneficiem a comunidade. Afinal, enquanto alguns dirigem caminhões de carga, outros parecem estar carregando apenas a carga de uma má administração.

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