CPI das ONGs: Aldo Rebelo denuncia ‘Estados paralelos’ na Amazônia lideradas por facções e ONGs; veja vídeo
Brasil – Nesta terça-feira (11), durante seu depoimento na CPI das ONGs do Senado Federal, o ex-deputado federal Aldo Rebelo fez declarações contundentes, afirmando que a Amazônia é governada por um “Estado paralelo das ONGs”. Segundo ele, essas organizações têm atuado com o apoio formal do Estado brasileiro, incluindo órgãos como o Ministério Público, a Polícia Federal, o Ibama, a Funai e o Ministério dos Povos Originários.
Rebelo, ex-ministro da Defesa, destacou a dificuldade de coibir a atuação dessas ONGs, argumentando que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) foi criado por uma agência americana e posteriormente assumido pelo Estado brasileiro. Ele levantou questionamentos sobre a imobilização de 14% do território nacional nas áreas indígenas, que abrigam algumas das regiões mais ricas em minerais do país. Para o ex-deputado, isso não é uma coincidência, mas sim parte de um planejamento deliberado.
Rebelo também mencionou que um dos fundadores do Instituto Socioambiental (ISA), ao presidir a Funai, teria transferido as atribuições do Estado para as ONGs, esvaziando o papel da Funai nesse contexto.
Em depoimento de exímio conhecedor da Amazônia profunda, o ex-min @aldorebelo relatou hoje que a região é governada por 3 estados paralelos: o oficial fraco, o narcotráfico e o mais dominador, o das ONGs com ajuda de órgãos do governo #CPIdasONGs pic.twitter.com/v6CCvciRgj
— Plínio Valério (@PlinioValerio45) July 11, 2023
Aldo Rebelo disse que, atualmente, a Amazônia, se divide em 3 Estados paralelos:
- 1º Estado: “O oficial, das prefeituras, Estados e União, com suas agências e órgãos. Ele é anêmico, débil e deficitário em tudo”.
- 2º Estado: “Do crime organizado e narcotráfico, espalhando seus tentáculos pela Amazônia inteira, dominando os rios como vias de acesso para o tráfico nacional e internacional e ampliando seu poder social e econômico”.
- 3º Estado: “O mais importante e dominador. É o estado paralelo das ONGs, governando a Amazônia de fato, governando com o auxílio do Estado formal brasileiro, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ibama, da Funai, desse ministério que criaram agora dos povos indígenas, esse consórcio de agências do Estado brasileiro”.
Segundo Aldo, o cerne das organizações é garantir interesses de outros países na floresta. “Essas ONGs são apenas um instrumento, os interesses que elas representam estão lá fora. Se alguém perguntar se isso não é teoria da conspiração, a história da Amazônia é de conspiração, a Amazônia é cobiçada antes de ser conhecida”.
A CPI das ONGs foi instalada em 14 de junho, sendo presidida pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor do requerimento para sua criação. O senador Marcio Bittar (União Brasil-AC) atua como relator.