Abandono de pacientes psiquiátricos preocupa população, SOLTOS ELES SE TORNAM PERIGOSOS estão atacando pessoas
A foto de uma mulher acusada de cometer uma serie de agressões em Manaus vem circulando nas redes sociais.Trata-se de uma mulher com transtornos mentais, claramente uma pessoa que necessita de ajuda, mais uma vitima do descaso da saúde publica no estado do Amazonas.
Com o fim do hospital psiquiátrico Eduardo Ribeiro muitos pacientes foram abandonados a própria sorte nas ruas da capital Amazonense.
O Amazonas é o último colocado no ranking do Ministério da Saúde de adequação a Reforma Psiquiátrica, existem apenas 18 centros de Atenção Psicossocial (CAP’s), nenhuma residência terapêutica (para pacientes sem vínculo familiar) e falta profissionais, remédios e estrutura física nos hospitais com atendimento psiquiátrico e no único hospital especializado, o Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro foi desativado na gestão de Omar Aziz.
Em 2014, a Justiça Federal concedeu medida liminar determinando que União e Estado do Amazonas adotassem alternativas para garantir dignidade e efetividade no tratamento de saúde dos pacientes do Eduardo Ribeiro.
Entretanto nada foi feito, vale lembrar que em abril deste ano, um rapaz estava no canteiro central na avenida Brigadeiro Hilário Gurjão, bairro Jorge Teixeira, quando pegou uma pedra e jogou contra uma viatura da 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom). Os policiais militares fizeram o retorno com o carro e um deles atirou contra Ivan Paulo da Silva, 33. que sofria de transtornos mentais.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser acionado, porém a vítima morreu no local após ser atingida no peito.
Testemunhas do crime, afirmaram que Ivan “não fazia mal para ninguém no bairro”. “Ele tinha problemas mentais e ficava perambulando aqui no bairro. Isso que fizeram com ele foi maldade”, disse um morador que não quis se identificar.
O soldado Samuel Anderson, da 30ª Cicom, autor dos disparos continua em suas funções como se nada tivesse acontecido.
O fechamento do hospital Eduardo Ribeiro trouxe também outra consequência. Sem ter para onde ir e sem a criação de lares abrigados nota-se um aumento do número de pessoas com doenças psiquiátricas a perambular pelas ruas, andam sujos e alguns casos sem roupa e estão vulneráveis a agressões físicas, abusos sexuais e atropelamentos. Em alguns casos, eles também representam perigo para a população.
