Epidemia econômica no Brasil será maior e mais devastadora
Brasil – Diante da crise deflagrada pela Pandemia coronavírus, sabemos que todas as áreas no país terá uma consequência devastadora. No momento a saúde no Brasil está sentindo um imenso impacto causado pela Covid-19. Embora o isolamento social seja a melhor opção para frear a disseminação do vírus o nível econômico tem sido cada vez mais afetado.
A Arqueóloga Joana Freitas alerta que após a Pandemia, o Brasil terá que lidar com uma epidemia econômica que será mais devastadora com a recessão e o empobrecimento. “Todos os momentos são de alteração de políticas como nos foram ensinado outros eventos histórico.”
“É praticamente utópico achar que depois de todo cenário não iriam existir mudanças. Obviamente o seu grau vai depender diretamente do tempo que a crise pandêmica durar. Mas teremos que estar cientes que haverá danos econômicos elevados e sociais também.” disse a arqueóloga.
De acordo com a explicação de Joana Freitas, a recuperação do país após a pandemia não será necessariamente comparada á recuperação de um país após uma guerra mundial, mas será comparável ou até mesmo superior ao cenário devastador da crise que o mundo viveu em 2008.
“As crises moldam econômicas moldam a sociedade. Em 2008 o mundo empobreceu de maneira geral. Muitos ocidentais ainda hoje vivem nas consequências dessa crise. O mundo do trabalho tornou-se inseguro, precário.
As gerações jovens viram-se sem grandes possibilidades de ter uma vida que não fosse dependente do país. Muitos agregados familiares voltaram a juntar-se para fazer face ás dificuldades.” explica. Por outro lado nenhum americano esqueceu o cresh de 1929. É algo muito próprio.”
Cenários globais que trazem mudanças históricas
“Há cenários como as guerras mundiais ou a pandemia da pneumônica, a chamada gripe espanhola, em que as alterações são mais drásticas. No fim da segunda guerra mundial o mundo estava arrasado, a pobreza dominava. No entanto, e a partir daí que a sociedade moderna se começa a construir no que se refere a parâmetros de nível de vida ou econômicos.
Antes disso, no início do século, a pneumônica arrasa o mundo já debilitado pela primeira guerra mundial. As perdas humanas e materiais foram incalculáveis mas também existiram aspectos positivos. É neste momento que a ciência avança e se dá valor à criação e melhoramento de sistemas públicos de saúde”, conclui Joana Freitas.
“Este gênero de acontecimentos são propícios a uma onda de solidariedade e união inicias. Há uma preocupação global. Depois há separações quando a cooperação for ao nível econômico. Temos exemplo da união europeia e veremos como ela vai lidar com todo este caso, porque ou realmente revela coesão ou então irá sofrer fissuras”.
A arqueóloga é formada pela Universidade do Porto e pela Universidade Autônoma de Barcelona, ela é membro e sócia do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), com sede em Portugal, Brasil e na Holanda.