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Brasil cai para 10ª maior economia do mundo no ranking do FMI após real desvalorizar; veja lista

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Brasil cai para 10ª maior economia do mundo no ranking do FMI após real desvalorizar; veja lista

Mundo – O Brasil perdeu uma posição no ranking das maiores economias globais e agora ocupa o 10º lugar, de acordo com o mais recente relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO) do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,17 trilhões (R$ 13,13 trilhões), o país foi ultrapassado pelo Canadá, que subiu para a 9ª posição.

O rebaixamento é atribuído principalmente à desvalorização do real frente ao dólar, que reduz a expressividade do PIB brasileiro em moeda estrangeira, apesar do crescimento econômico registrado em 2024. Segundo economistas, a situação pode se agravar caso o dólar mantenha patamares elevados.

As maiores economias do mundo
Os Estados Unidos continuam a liderar o ranking, com um PIB de US$ 29,17 trilhões, seguidos pela China (US$ 18,27 trilhões) e Alemanha (US$ 4,71 trilhões). Confira o top 10:

Estados Unidos: US$ 29,17 trilhões
China: US$ 18,27 trilhões
Alemanha: US$ 4,71 trilhões
Japão: US$ 4,07 trilhões
Índia: US$ 3,89 trilhões
Reino Unido: US$ 3,59 trilhões
França: US$ 3,17 trilhões
Itália: US$ 2,38 trilhões
Canadá: US$ 2,21 trilhões
Brasil: US$ 2,17 trilhões
Apesar de sua posição, o Brasil segue à frente de grandes economias como Rússia (US$ 2,18 trilhões), Coreia do Sul (US$ 1,87 trilhões) e México (US$ 1,85 trilhões).

Impacto da desvalorização do real
Especialistas apontam que a desvalorização do real tem sido o principal fator para o recuo do Brasil no ranking. O economista Alex Agostini, da Austin Rating, destacou que a moeda brasileira foi a 7ª mais desvalorizada do mundo em 2024, o que impacta diretamente o cálculo do PIB em dólares.

“A desvalorização cambial reduz a atratividade do Brasil para investimentos estrangeiros, uma vez que o PIB em dólar encolhe e evidencia disfuncionalidades econômicas, como instabilidade fiscal, juros elevados e inflação”, explicou Agostini.

O FMI estima que o PIB brasileiro cresça 3,04% em termos reais em 2024, mas ressalta que a performance é ofuscada pela fragilidade cambial.

Possíveis quedas futuras
Com a Rússia apenas US$ 4 bilhões atrás, o Brasil corre o risco de cair para a 11ª posição ainda em 2024, caso o país europeu mantenha seus parâmetros econômicos. Além disso, projeções indicam que, se o dólar atingir uma média de R$ 6,00 em 2025, o Brasil pode ser ultrapassado pela Coreia do Sul, saindo do grupo das 10 maiores economias.

Segundo Agostini, “o cenário depende de ajustes fiscais eficientes para conter a desvalorização do real e recuperar a confiança dos investidores”.

Contexto global
O ranking evidencia o domínio econômico de regiões específicas, com Estados Unidos liderando nas Américas, China na Ásia, Alemanha na Europa, Austrália na Oceania e África do Sul no continente africano.

Enquanto isso, apenas 19 países possuem PIB superior a US$ 1 trilhão, reforçando a concentração de riqueza global em um seleto grupo de economias.

Apesar de ainda figurar entre as maiores potências econômicas, o Brasil enfrenta o desafio de consolidar seu crescimento econômico em um ambiente de maior estabilidade cambial e fiscal, essencial para atrair investimentos e manter sua relevância no cenário internacional.


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