Starlink diz que não vai bloquear o X/Twitter no Brasil até que suas contas sejam desbloqueadas; veja vídeo
Brasil – A Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk, informou à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que não cumprirá a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de bloquear o acesso ao X (antigo Twitter) no Brasil. A empresa, que é a maior provedora de internet via satélite do país, alega que só executará a ordem judicial após suas contas, atualmente bloqueadas por determinação do ministro, serem desbloqueadas pela Justiça.
Neste domingo (1º de setembro de 2024), a Starlink comunicou à Anatel que manterá o acesso ao X para seus 215 mil clientes no Brasil até que o impasse judicial seja resolvido. O aviso foi confirmado pelo presidente da Anatel, Carlos Baigorri, em entrevista à TV Globo. Ele informou que o gabinete de Moraes já foi notificado sobre a posição da Starlink, e que caberá ao ministro decidir quais medidas tomar em resposta.
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A Starlink, que começou a operar no Brasil em 2022 e já domina 42% do mercado de internet via satélite, está presente em regiões remotas e estratégicas do país, incluindo escolas, repartições públicas, comunidades na Amazônia, embarcações e bases das Forças Armadas. Além disso, a empresa é a 16ª maior provedora de internet no Brasil, considerando todas as tecnologias, com a maior parte de seus clientes concentrada na região Norte.
A disputa entre a Starlink e a Justiça brasileira começou na última sexta-feira (30), quando o ministro Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio do X após a plataforma descumprir diversas decisões judiciais. O ministro também determinou o bloqueio das contas da Starlink no Brasil, argumentando que a empresa faz parte do mesmo grupo econômico do X, ambos pertencentes a Elon Musk.
Em resposta, a Starlink emitiu uma nota pública classificando a decisão como ilegal e afirmando que, apesar do bloqueio de suas contas, continuará fornecendo serviços de internet a seus clientes no Brasil, inclusive de forma gratuita, se necessário, até que o caso seja resolvido nos tribunais.