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Ronaldo Caiado detona Conselho Federativo da Reforma Tributária: “isso é coisa de Venezuelano”; veja vídeo

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Ronaldo Caiado detona Conselho Federativo da Reforma Tributária: "isso é coisa de Venezuelano"; veja vídeo

Brasil – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou a reforma tributária nesta terça-feira (4) e defendeu a guerra fiscal entre os Estados. “Rotular guerra fiscal como sendo negativo? Desculpa, em qualquer lugar do mundo tem guerra fiscal”, declarou, em referência à prática dos Estados de conceder incentivos do ICMS para atrair empresas.

“Nunca imaginei na minha vida, com a vivência que tenho de Congresso Nacional, que um dia chegaria um texto com um absurdo como o chamado Conselho Federativo. Isso é coisa de venezuelano”, disse o governador. Em almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), Caiado defendeu que a reforma tributária seja feita apenas sobre os impostos federais sobre o consumo, sem atingir os tributos estaduais e municipais.

O governador também criticou a tributação da cesta básica, que ficou em 50% da alíquota padrão no parecer preliminar do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Hoje, os produtos da cesta básica são isentos de impostos federais, mas especialistas dizem que as críticas a essa oneração não levam em conta a redução de custos ao longo da cadeia produtiva.

A reforma tributária (PEC 45) que está sendo discutida no Congresso aborda, entre outros pontos, a a substituição de dois tributos federais (PIS e Cofins) por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pela União, e de outros dois tributos (ICMS e ISS) por um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados e municípios. Para administração deste último tributo, o texto prevê a criação de um Conselho Federativo, que tem sido um dos principais pontos de divergência entre os governos estaduais.

Críticas ao Conselho

O órgão, que é um dos pilares da mudança do sistema de cobrança de impostos, ficaria responsável por gerir a arrecadação do IBS, que é o imposto sobre consumo. Esse conselho, que seria formado por representantes de Estados e prefeituras, permite que os créditos tributários acumulados ao longo da cadeia produtiva sejam pagos. A reforma tem como critério a “não cumulatividade plena”, ou seja, o imposto é pago uma vez e descontado nas etapas seguintes da produção.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, entretanto, se opôs ao formato proposto ao conselho, criticando o que considera uma concentração de poder excessiva no órgão. Na avaliação do governador, a proposta tira autonomia dos Estados para definir a aplicação dos recursos recolhidos com a tributação.

Tarcísio ainda defende que o Estado de São Paulo deveria ter mais peso nas deliberações, sugerindo que os votos levassem em conta a população de cada Estado. Governadores de Estados do Sul e do Sudeste, além do Mato Grosso do Sul, se juntaram na defesa de aumentar o seu poder de decisão no Conselho Federativo.

A proposta de São Paulo é manter uma cobrança descentralizada. A ideia é que o imposto arrecadado seja direcionado ao Estado de origem da mercadoria, e que a partilha dos recursos para os Estados de destino do bem ou serviço seja feita por meio de uma Câmara de Compensação que trate de operações interestaduais.


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