Brasília Amapá Roraima |
Manaus
STORIES
Brasília Amapá Roraima

MST e partidos de esquerda defenderam o Hamas em 2021

Compartilhe
MST e partidos de esquerda defenderam o Hamas em 2021

Brasil – Em 2021, um manifesto assinado por representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e deputados dos partidos de esquerda, como o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Socialismo e Liberdade (Psol), gerou controvérsia ao defender o grupo terrorista Hamas. Esta manifestação ocorreu em resposta à decisão do Reino Unido de classificar o Hamas como uma organização terrorista.

A decisão britânica estava alinhada com a perspectiva de outras nações democráticas, incluindo os Estados Unidos, Japão, Canadá, União Europeia e Israel, que também rotularam o Hamas como um grupo terrorista. No entanto, a esquerda brasileira optou por classificar o Hamas como um “movimento de resistência” no manifesto intitulado “Resistência não é terrorismo!”

O documento, assinado por figuras proeminentes da esquerda brasileira, como a deputada federal do Psol, Sâmia Bomfim, o petista Zeca Dirceu, a comunista Jandira Feghali e um professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), defendeu a legitimidade da resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, alegando que o direito à resistência é assegurado pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por várias resoluções da ONU.

O manifesto argumentou que a decisão do Reino Unido representou uma extensão da política colonial britânica e uma posição tendenciosa em favor de Israel, tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.

No entanto, a polêmica se aprofundou quando o MST apagou a nota que manifestava apoio ao ataque terrorista do Hamas contra Israel. A declaração, publicada inicialmente na segunda-feira, 9 de novembro de 2021, legitimava os ataques contra israelenses e não mencionava o nome do grupo islâmico. O MST alegou que apagou a nota devido à disseminação de fake news, afirmando que terceiros estavam qualificando o MST como apoiador dos terroristas do Hamas.

Embora o MST tenha negado laços com o Hamas, o episódio deixou uma marca controversa na política brasileira, destacando divergências sobre o conflito no Oriente Médio e a relação entre movimentos sociais e organizações internacionais consideradas terroristas por muitos países.


Siga-nos no Google News Portal CM7