Ministério Público quer ‘desevangelizar’ fundação ligada à Canção Nova; deputados evangélicos e católicos se unem contra a perseguição aos cristãos; veja vídeo
Brasil – A Fundação João Paulo II (FJPII), uma organização profundamente ligada à comunidade católica Canção Nova, enfrenta uma ação movida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). O presidente da fundação, padre Wagner Ferreira, veio a público para discutir o caso, que ganhou repercussão nas redes sociais e entre políticos conservadores.
No vídeo divulgado, padre Wagner explicou que a FJPII, criada pelo monsenhor Jonas Abib, é uma entidade confessional, parte integral da missão evangelizadora da Canção Nova. “Este movimento quer tirar a finalidade de evangelização da FJPII”, afirmou o sacerdote, destacando a união entre a comunidade e a fundação sob a liderança do fundador.
A esquerda quer destruir a Canção Nova porque seus líderes sabem que a Igreja em Cristo é a única força capaz de vencer o projeto de poder distópico que está sendo implantado por eles. Paulo Briguet pic.twitter.com/bInVMylPCI
— Flavio Martins (@FlavioRoMart) January 28, 2025
O MPSP alega que há uma “ingerência” da Canção Nova na administração da FJPII, solicitando que a fundação seja dirigida por leigos sem vínculos com a comunidade católica. Padre Wagner contesta essa visão, afirmando que a parceria entre as duas entidades sempre foi clara e que a vontade de padre Jonas era precisamente essa integração.
Urgente! Você católico e cristão, precisamos nos mobilizar. O ministério público quer acabar com a canção nova! pic.twitter.com/XFZeYitDvw
— Cleitinho (@cleitinhotmj) January 28, 2025
A reação política não demorou. Deputados como Pastor Marco Feliciano (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) manifestaram apoio à Canção Nova, criticando a ação do MP como uma forma de perseguição religiosa. Feliciano, por exemplo, destacou a importância da Canção Nova na difusão do cristianismo, sugerindo que a ação judicial é um ataque à obra de evangelização.
O deputado Nikolas Ferreira expressou preocupação e solidariedade, enquanto o senador Azevedo pediu uma mobilização dos fiéis contra o que ele chama de tentativa de “acabar com a Canção Nova”.
Recebi com preocupação a notícia sobre a ação judicial que questiona a relação entre a Fundação João Paulo II e a Comunidade Canção Nova, criada pelo Monsenhor Jonas Abib, um grande exemplo de dedicação à evangelização. Manifesto meu apoio à Comunidade e à sua missão. Estou…
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) January 27, 2025
Para padre Wagner, a situação é um “desafio” que será enfrentado com o suporte jurídico necessário. Ele garantiu que a Canção Nova defenderá sua missão, negando qualquer irregularidade e pedindo orações para a resolução do caso.
O Ministério Público, por sua vez, defende que a ação judicial visa garantir a autonomia e a boa governança da FJPII, negando qualquer intenção persecutória. A promotoria busca que a fundação opere de forma independente, sem a influência direta de religiosos da Canção Nova.
A Fundação João Paulo II, fundada em 1982, é uma entidade filantrópica que promove valores sociais e cristãos através de mídias como rádio, televisão e internet, além de projetos sociais que impactaram cerca de 5,5 mil pessoas em 2023.
Que revoltante isso!
A Fundação João Paulo II, da Canção Nova, é uma instituição filantrópica católica que ajuda inúmeras pessoas na Saúde, Educação e Assistência Social.
Agora o MP entrou com uma ação para torná-la secular, ou seja, promotora de políticas públicas do Estado. pic.twitter.com/6vkWCHOr77— Fernanda Tanaka (@fernandatanaka_) January 24, 2025
Este caso levanta questões sobre a separação entre organizações religiosas e suas fundações associadas, a autonomia administrativa e a liberdade de expressão religiosa no contexto legal brasileiro.