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Joana Darc é acusada de usar acidente com cachorro para promover marido candidato a vereador em Manaus; veja

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Manaus – Na tarde desta terça-feira (27), Manaus foi palco de um episódio lamentável que não só revelou uma tragédia, mas também uma denúncia de exploração política descarada por parte da deputada federal Joana Darc e seu marido, Aldenor Lima, candidato a vereador pelo União Brasil. O episódio ocorreu no bairro Cidade Nova, zona Norte da cidade, onde uma trabalhadora da Prefeitura de Manaus, enquanto realizava o asfaltamento da Rua Conquista, atropelou acidentalmente um cachorro. Esse episódio teria sido utilizado pelos políticos para uma manobra oportunista para conquistarem vantagem na corrida eleitoral e gerar comoção nas redes sociais.

A deputada e seu marido causaram grande alvoroço ao chegar ao local e acusar a trabalhadora de crueldade, exigindo sua prisão e prometendo tomar medidas drásticas em casos semelhantes. Nas redes sociais, Aldenor Lima fez declarações agressivas, afirmando: “Se matar cachorro aqui, eu vou vir, a Joana vai vir e os protetores de animais vão vir. Se não tem deputado aqui que cuida de pessoas, vai procurar. É uma vida, vamos pedir justiça sim.” A postura agressiva e sensacionalista do marido da deputada não só gerou indignação entre os moradores como também evidenciou uma clara tentativa de capitalizar politicamente sobre uma fatalidade.

Durante o tumulto, Aldenor Lima demonstrou uma postura extremamente agressiva, especialmente ao lidar com um idoso local. Em vez de promover a civilidade, Aldenor ofendeu o homem com uma série de palavrões e insinuações pesadas, demonstrando um total desrespeito. O comportamento do candidato chegou a um ponto em que ele quase partiu para a agressão física, evidenciando uma hipocrisia chocante: enquanto exigia respeito pelos animais, não hesitou em desrespeitar e hostilizar um idoso que apenas tentava intervir na situação.

A reação escandalosa de Joana Darc e Aldenor Lima não passou despercebida pelos moradores da área, que ficaram perplexos com a situação. Eles relataram que o ocorrido foi claramente um acidente e não um ato de negligência ou maldade. O cachorro seria de um morador da área, debilitado e fraco, estava dormindo na rua embaixo do veículo da Prefeitura e não foi visto pela trabalhadora que operava o rolo compressor. A própria situação de asfaltamento, que estava sendo concluída com muito esforço e reivindicações da comunidade, não foi motivo de preocupação para os políticos até o momento em que o acidente aconteceu.

A indignação dos moradores também se concentrou na aparente hipocrisia dos políticos. Há meses, Joana Darc foi procurada por moradores da área que pediam ajuda para um cachorro de rua, pedindo medicamentos e divulgação para adoção. Na época, ela sequer respondeu às solicitações. No entanto, quando o acidente aconteceu, ela e Aldenor Lima surgiram repentinamente no cenário, usando a tragédia para ganhar visibilidade nas redes sociais.

Luan Patrono, um respeitado líder comunitário do bairro, também foi alvo das acusações e agressões verbais de Joana Darc e Aldenor Lima. Ele interveio no acidente porque a deputada tentou embargar a obra essencial para a comunidade, que era o asfaltamento. Em um vídeo publicado por Luan, ele contou: “Estou aqui pro show da Joana Darc e um líder comunitário do núcleo 23 que eu nunca vi. Quatro anos e a Joana Darc apareceu aqui agora. O trabalhador não atropelou um cachorro porque quis. Foi um acidente. A Joana Darc está apenas fazendo show aqui.”

Os moradores destacaram a diferença entre a atuação efetiva de Luan Patrono e a postura oportunista dos políticos. Comentários nas redes sociais revelam um descontentamento da população com Joana Darc e Aldenor Lima, e muitos elogios ao trabalho de Luan e ao vereador Raulzinho, que, apesar de limitações, têm mostrado compromisso real com a comunidade.

O caso foi encerrado na delegacia, onde todos os envolvidos precisaram prestar esclarecimentos. A versão oficial sugere que a morte do cachorro foi um acidente e não um ato de crueldade intencional. No entanto, a situação gerou a impressão de que a tragédia foi usada como um palanque político, levantando a suspeita de que alguns indivíduos, em vez de buscar soluções e ajudar a comunidade, poderiam estar explorando a dor e o sofrimento para ganho próprio.

Em meio a essa confusão, a verdadeira vítima é a comunidade, que teve que lidar com um acidente trágico e ainda enfrentar a manipulação política que tentou transformar uma fatalidade em uma oportunidade de autopromoção.

Confira a reportagem completa:

 


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