Governo Lula encomenda campanha de R$ 50 milhões para tentar reverter crise de imagem sobre o PIX
Brasil – Em um esforço para conter a onda de desinformação e assegurar a confiança da população no sistema de pagamentos instantâneos Pix, o governo Lula (PT) anunciou o lançamento de uma campanha publicitária com orçamento previsto de até R$ 50 milhões. A ação busca tranquilizar os usuários sobre a segurança do sistema e esclarecer que não haverá mudanças estruturais no seu funcionamento.
Nesta segunda-feira (20), as quatro agências de publicidade contratadas pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) apresentaram suas propostas no Palácio do Planalto. A intenção é que a campanha seja veiculada o mais rápido possível, utilizando meios como rádio, televisão e redes sociais para disseminar informações claras e objetivas.
O movimento ocorre em resposta às preocupações geradas por uma Medida Provisória (MP) editada na última quinta-feira (16). Embora o texto da MP traga ajustes normativos, a notícia do monitoramento sobre movimentações a partir de R$ 5 mil geraram receios entre os usuários, comprometendo a imagem do Pix como um sistema confiável e seguro.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, publicada pelo jornal O Globo, a campanha tem três objetivos principais: reafirmar que não haverá mudanças no funcionamento do Pix; esclarecer as novas regras previstas na Medida Provisória; e combater as chamadas fake news que têm circulado sobre o tema.
Revertendo a crise de confiança
O Pix, criado durante o governo Bolsonaro, tornou-se rapidamente um dos sistemas de pagamento mais populares do Brasil, conquistando a adesão de milhões de pessoas e empresas pela sua praticidade e gratuidade. No entanto, a crise atual demonstra como a disseminação de informações equivocadas pode abalar a credibilidade de até mesmo os sistemas mais bem-sucedidos.
Especialistas apontam que a estratégia de comunicação será crucial para reverter os danos à imagem do governo e do Pix. “Além de combater desinformacão, a campanha precisará reforçar o compromisso do governo com a segurança e a eficiência do sistema, demonstrando respeito às conquistas já alcançadas por ele”, afirma a analista em comunicação política Mariana Alves.
