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TBT da Impunidade: a família Valeiko e o ‘Caso Flávio’ que nunca encontrou Justiça

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Amazonas – Nesta quinta-feira (30), aproveitando o clima de “TBT” das redes sociais, voltamos a olhar para um dos casos mais polêmicos e escandalosos da história da cidade de Manaus: a saga da família Valeiko. Elisabeth Valeiko, ex-primeira dama, seus filhos Paola e Alejandro, junto com o ex-prefeito Arthur Virgílio Neto, formam um verdadeiro clã. Mas o que parecia ser um império intocável desmoronou após o envolvimento da família em uma série de escândalos, sendo o mais estarrecedor o assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues, o crime que segue sem resposta para muitos, e questionamos a impunidade que ainda persiste na capital amazonense.

A Ascensão da Família Valeiko

A trama do enriquecimento da família Valeiko em Manaus não é novidade. Graças a um trabalho investigativo do Blog do Pávulo, ficou claro que Elisabeth, Paola, Alejandro e o ex-prefeito Arthur Virgílio Neto estavam envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, o que levou a cidade a amargar sérios prejuízos financeiros. Tudo isso enquanto a família seguia se fortalecendo nas sombras do poder, com direito até a mansões luxuosas no exterior, como a famosa compra de uma propriedade em Boca Raton, nos EUA, que originou a Operação Boca Raton.

O Caso Flávio Rodrigues: um assassinato sem Justiça 

No fatídico 29 de setembro de 2019, a história da família Valeiko ganhou mais um capítulo macabro. O assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues, em um condomínio de luxo, chocou toda a cidade de Manaus. No centro da tragédia, estavam os filhos de Elisabeth Valeiko: Alejandro e Paola. Alejandro, envolvido até o pescoço no crime, foi acusado de homicídio triplamente qualificado, omissão e ocultação de cadáver. Paola, por sua vez, foi denunciada por fraude processual, pois ajudou a esconder evidências, limpando manchas de sangue na casa de seu irmão, na tentativa de abafar o caso.

Mas o mais surreal dessa história é a postura da mãe, Elisabeth, que ao invés de se mostrar solidária à vítima, focou em proteger seus filhos. Para ela, Alejandro era “um doente”, uma vítima da sociedade, e não um assassino. O que ficou claro, no fim das contas, é que a família, mais uma vez, usou de sua posição e influência para tentar escapar das consequências de seus atos.

Enquanto a família Valeiko continua a se beneficiar de sua posição social e política, a família de Flávio Rodrigues vive uma realidade bem diferente. Cinco anos após a brutal morte do engenheiro, a dor da perda ainda é um peso insuportável para seus entes queridos, mas o que parece mais difícil de suportar é a sensação de impunidade que paira sobre o caso. O assassinato de Flávio, ocorrido em 2019, não foi apenas uma tragédia pessoal, mas um reflexo de um sistema judicial que, em muitos momentos, parece falho e complacente com aqueles que possuem o poder necessário para manipular os rumos da justiça.

O caso de Flávio, ainda em aberto, mostra o quão desafiador pode ser para pessoas sem as conexões certas fazer com que a verdade seja finalmente revelada. Embora a família de Flávio continue buscando por justiça, a cada dia se torna mais evidente que o sistema precisa ser mais forte e imparcial, para garantir que aqueles que se aproveitam da impunidade não escapem das consequências de seus atos.

Elisabeth Valeiko: A Mãe que defende o indefensável

Desde o início do caso, Elisabeth tentou desviar a responsabilidade, culpando a sociedade e as circunstâncias. Em vez de aceitar a gravidade da situação e colaborar com a polícia de maneira transparente, ela alimentou a narrativa de vítima, publicando vídeos nas redes sociais e se posicionando como a mãe sofrida pela perseguição à sua família. Mais uma vez, distorceu a realidade, buscando proteger a imagem dos filhos a qualquer custo.

Esse comportamento é comum em famílias poderosas que se consideram acima da lei. Para Elisabeth, o fato de seu filho ter sido preso não significava culpa, mas sim que ele era “um doente”, uma vítima da sociedade. Esse discurso serve para disfarçar a impunidade e dar espaço para quem comete crimes sem consequências.

A história dos filhos de Elisabeth, Paola e Alejandro Valeiko, é marcada por investigações e acusações de crimes graves, como o assassinato de Flávio Rodrigues, e comportamentos alarmantes. Paola, além de envolvimento direto no caso Flávio, tem várias acusações de fraude e lavagem de dinheiro, incluindo um suposto esquema ilegal com a mãe.

Enquanto Elisabeth justifica os atos dos filhos, a imagem da família Valeiko se deteriora, e a impunidade segue sendo um tema recorrente. Com Alejandro também investigado por homicídio, fica claro que a justiça ainda está distante para essa família. O que parecia ser um império de influência e riqueza, construído às custas de recursos públicos e comportamentos questionáveis, agora se vê fragilizado, mas ainda sem pagar pelos seus crimes.

O Legado de Impunidade da Família Valeiko

O que ficou claro, após todas as investigações e reviravoltas no caso, é que a família Valeiko representa um retrato de como o poder pode ser usado para encobrir crimes e garantir a impunidade. Mesmo diante de um assassinato brutal e de tantas evidências contra eles, a família continua a se proteger, e a Justiça parece demorar a alcançar os responsáveis.

Para os familiares de Flávio Rodrigues e para a sociedade manauara, o caso Valeiko é uma triste lembrança de que, muitas vezes, quem está no poder consegue manipular o sistema em seu favor. A população segue clamando por justiça, enquanto os envolvidos parecem estar acima da lei, amparados por uma rede de influência que nunca parece ter fim.

Será que um dia a verdadeira justiça será feita para os envolvidos nesse crime bárbaro? O TBT de hoje serve como um lembrete de que, em Manaus, ainda há muito a ser feito para que a justiça seja verdadeiramente igual para todos.


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