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Polícia investiga ex-diretores de empresas por desvio de R$ 10 milhões de sócio da Band

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Polícia investiga ex-diretores de empresas por desvio de R$ 10 milhões de sócio da Band

Brasil – A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12/12), a Operação Fluxo Reverso, que investiga um esquema de desvio de recursos envolvendo ex-diretores de empresas ligadas ao Grupo Bandeirantes. A operação, que cumpre oito mandados de busca e apreensão em São Paulo, Taboão da Serra e Santana de Parnaíba, visa apurar um desvio total de cerca de R$ 10 milhões.

O caso envolve as empresas Sercom e System, ambas de propriedade de Ricardo Saad, que também é sócio do Grupo Bandeirantes, mas que se apresenta como vítima do esquema. A investigação começou após a realização de uma auditoria interna nas empresas de Saad, que revelou uma série de fraudes, incluindo a contratação de empresas fantasmas e a realização de operações de crédito proibidas nos contratos.

Durante a investigação, foi identificado que de junho de 2021 a março de 2023, os ex-diretores das empresas envolvidas teriam repassado R$ 5,2 milhões a uma terceira organização em transações suspeitas. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) também apontaram movimentações milionárias e depósitos em dinheiro vivo, o que levanta sérias suspeitas sobre a origem desses recursos.

Os investigadores ainda descobriram um crescimento patrimonial incompatível com a renda declarada pelos envolvidos, com destaque para um dos investigados que movimentou R$ 1,9 milhão enquanto recebia apenas R$ 3 mil mensais. Além disso, foi identificada a compra de um apartamento de R$ 1,7 milhão na Riviera São Lourenço, no litoral paulista, e depósitos em espécie feitos pelos investigados.

Outro diretor da empresa teria recebido diretamente R$ 2,2 milhões em contas pessoais, enquanto sua esposa recebeu R$ 810 mil, alegando que a quantia era referente a honorários de seu marido.

As investigações estão sendo conduzidas pelo delegado Tiago Fernando Correia, da Delegacia de Investigações sobre Lavagem ou Ocultação de Bens e Valores, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). A Band, por meio de nota, informou que as empresas citadas não têm relação com o Grupo Bandeirantes, sendo de propriedade exclusiva de Ricardo Saad, que apesar de ser sócio do Grupo, não tem vínculos com a emissora.


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