Motorista e empresário são presos por desviarem toneladas de medicamentos do Hospital 28 de Agosto; veja
Manaus – Uma operação conjunta da Polícia Civil do Amazonas desmantelou uma organização criminosa que desviava medicamentos e produtos hospitalares de unidades de saúde do estado. O esquema ilegal era liderado por um motorista, funcionário do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, que repassava os produtos para revenda clandestina, conforme apontaram as investigações policiais.
Na manhã desta terça-feira (30), três indivíduos foram detidos em flagrante, incluindo o motorista e um suspeito de receptar os medicamentos desviados. A prisão ocorreu no exato momento em que uma nova remessa de produtos desviados estava sendo transportada para a residência do motorista. Mais de uma tonelada de medicamentos foi apreendida no local.
As investigações tiveram início aproximadamente há um mês, após denúncia da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). Durante esse período, os investigadores identificaram que o desvio era realizado por um servidor da secretaria, lotado como motorista no HPS 28 de Agosto.
Durante as diligências, descobriu-se que um empresário, identificado como Antônio Lúcio Castro de Cena, estava envolvido no esquema, atuando como intermediário das vendas clandestinas dos produtos desviados.
Por cerca de três semanas, os suspeitos foram monitorados enquanto realizavam o transporte dos materiais até a residência do motorista.
“O motorista do 28 de Agosto pegava essas caixas e as levava até sua casa, onde uma segunda pessoa as recolhia e transportava até o endereço de um terceiro, que era o empresário”, explicou o delegado titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Cícero Túlio.
Na manhã desta quarta-feira (30), durante a operação “Corsário”, a polícia efetuou a prisão em flagrante do motorista e do empresário Antônio Lúcio. No momento da detenção, a dupla estava transportando diversas caixas de soro fisiológico furtadas do Hospital 28 de Agosto.
Também foi detido um receptador dos produtos, que segundo as investigações, planejava revendê-los no interior do Amazonas.
Os suspeitos foram autuados por organização criminosa, furto qualificado, peculato doloso e receptação qualificada, e permanecerão à disposição da Justiça.
A operação foi realizada pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), com o apoio da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
Veja documentos:
