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Volkswagen separa R$ 65 bilhões para cobrir custos com escândalo de fraude

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WOLFSBURG, Alemanha – A Volkswagen informou nesta sexta-feira ter reservado € 16,2 bilhões (cerca de R$ 65 bilhões) em provisões para possíveis custos de reparação do escândalo de fraude que protagonizou no ano passado. O montante engloba possíveis despesas com ajustes técnicos de modelos com dispositivos que adulteravam os testes de emissões de gases poluentes, a recompra dos veículos e gastos legais. O volume é 141% maior que a estimativa anterior (€ 6,7 bilhões) para provisões da fabricante alemã. Resultado direto das provisões, a Volkswagem anunciou nesta sexta-feira ter registrado prejuízo de € 1,36 bilhões (R$ 5,5 bilhões) em 2015.

Na quinta-feira, a montadora celebrou acordo na Justiça americana segundo o qual a companhia terá que: ou comprar de volta até 482 mil veículos 2.0; ou consertá-los; ou cancelar a dívida restante dos financiamentos. Segundo o jornal britânico “Financial Times”, o custo dessa iniciativa fica em torno de US$ 6 bilhões. Apesar de ter elevado as provisões, o diretor-executivo da Volkswagen, Matthias Mueller, ponderou que a companhia ainda não é capaz de estabelecer um custo final para limpar o estrago legado pela fraude.

— Ainda não estamos em uma posição que nos permita prever o resultado das negociações que determinarão o custo — disse Mueller em conferência na sede da companhia.

Embora a montadora tenha chegado a um acordo esta semana, ela ainda pode ser obrigada a pagar indenizações em um provável acordo em ações civis, além de estar vulnerável a indiciamentos criminais por parte de investigação do Departamento de Justiça.

RECALL DE 630 MIL NA EUROPA

Cinco montadores alemãs concordaram em realizar o recall de 630 mil veículos a diesel na Europa, como consequência de uma investigação oficial sobre os níveis de emissões poluentes dos automóveis, informaram as autoridades nesta sexta.

O ministro dos transportes alemão, Alexander Dobrindt, identificou entre as fabricantes envolvidas a Mercedes, a Opel, e a própria Volkswagen e suas subsidiárias Audi e Porsche.

A investigação da Agência Federal de Transporte Automotivo da Alemanha se concentrou em 53 modelos e foi desencadeada pelo escândalo da Volkswagen.


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