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Justiça argentina suspende reforma trabalhista de Milei

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Mundo – A revogação da reforma trabalhista na Argentina, prevista no pacote de decretos econômicos assinados pelo presidente Javier Milei, tem sido motivo de polêmica e incertezas no país.

Nesta quarta-feira, a Justiça argentina acatou o pedido dos sindicalistas e suspendeu as modificações da legislação até que haja uma sentença definitiva.

A medida cautelar foi acatada pela Câmara Nacional de Apelações do Trabalho, em uma votação dividida. Os juízes responsáveis pelo caso entenderam que ainda existem dúvidas sobre a urgência de um decreto sem o aval do Congresso.

Alejandro Sudera, um dos juízes, afirmou que a decretação de medidas legislativas excepcionais pelo poder administrativo só poderia ser justificada em casos claros de emergência, o que, segundo ele, não se configura no caso da reforma trabalhista.

O pacote de decretos, assinado por Milei, tinha como objetivo desregular a economia do país. Na área trabalhista, as modificações incluíam um aumento no período de experiência para os trabalhadores e uma flexibilização das regras para gestantes e licença-maternidade.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT), entidade sindical argentina, comemorou a suspensão da reforma trabalhista, alegando que as mudanças propostas pelo governo afetariam negativamente os direitos dos trabalhadores.

Por outro lado, defensores da reforma argumentam que as medidas são necessárias para impulsionar a economia do país, reduzir a burocracia e atrair investimentos estrangeiros.

A revogação da reforma trabalhista gera incertezas quanto ao futuro das relações de trabalho na Argentina. Com a suspensão das modificações, fica a dúvida sobre se o governo buscará aprovar a reforma pelo Congresso ou se as mudanças serão permanentemente descartadas.

Além disso, a decisão da Justiça argentina também pode ter impactos políticos, colocando o governo de Milei em uma posição delicada e aumentando a polarização no país.

Diante desse cenário, é necessário aguardar a sentença definitiva da Justiça sobre o caso para saber os rumos que a reforma trabalhista tomará na Argentina. Enquanto isso, sindicatos, empresários e trabalhadores seguem atentos e envolvidos no debate sobre o futuro das relações de trabalho no país.

Com informações Estadão 


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