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Tráfico na internet: criminosos vendem espécies ameaçadas de extinção em grupos on-line

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Brasil – O tráfico de animais silvestres ameaçados de extinção infelizmente nao e uma novidade e vem cada vez mais crescendo no Brasil. Isso porque a pratica criminosa tem se disseminado na internet, grupos dedicados a venda de animais exoticos no facebook e whatssap, se tornaram uma plataforma para a acao criminosa.

Entre outros animais ‘anunciados para venda’, estao macacos-pregos, araras-azuis e saguis, além de documentos que prometem forjar a legalização de animais, que são capturados da natureza e vendidos até sob demanda.

A maior parte dos anúncios é de venda de cobras, lagartos e aranhas. No entanto, não é difícil achar pessoas anunciando animais selvagens de origem ilegal. No grupo “Exóticos Brasil 🇧🇷”, basta uma simples busca pela palavra “macaco” e dezenas de posts anunciando a venda de saguis, macacos-mão-de-ouro e macacos-prego são facilmente encontrados.

O mesmo vale para araras-azuis e canindés, ambas ameaçadas de extinção, que têm seu comércio livremente anunciado em grupos on-line.

Os preços de macacos-pregos por exemplo, variam entre R$ 4 mil e R$ 6 mil, a depender do anúncio, que normalmente vem acompanhado da cidade em que o animal será retirado.

 

Facebook

Em julho do ano passado, o Facebook foi multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 10,1 milhões devido o trafico de animais silvestres na plataforma.

Segundo os dados, os bandidos usaram a rede social para vender ao menos 2.227 espécimes da fauna silvestre nativa sem a devida licença.

Estudo feito pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), em parceria com a Nortrhumbria Universaty, do Reino Unido, indica que dezenas de milhões de animais selvagens são comercializados todo ano no Brasil. A venda ilegal explodiu com o avanço da tecnologia, que criou redes internacionais de contatos.

Ibama

Dados fornecidos pelo Ibama do Sistema de Gestão dos Centros de Triagem de Animais Silvestres (SisCetas) mostram que 191.615 animais provenientes de operações de apreensões foram recebidos pelo sistema só nos últimos quatro anos. Os dados foram contabilizados até o dia 15 de maio de 2023.

Procurado pela reportagem, o Ibama não soube informar quantos casos de tráfico de animais on-line foram registrados nos últimos anos. O órgão também não conseguiu dizer se já recebeu denúncias de casos de falsificação da origem de animais silvestres anteriormente.

 


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