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Elon Musk defende família de ex-funcionário da OpenAI e pede investigação do FBI: “o caso não parece suicídio”

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Elon Musk defende família de ex-funcionário da OpenAI e pede investigação do FBI: "o caso não parece suicídio"

Mundo – A morte de Suchir Balaji, ex-pesquisador da OpenAI, tem levantado questionamentos sérios sobre a conclusão oficial de suicídio. Balaji, de apenas 26 anos, foi encontrado morto em seu apartamento em São Francisco no dia 26 de novembro, poucos dias após celebrar seu aniversário. Apesar da conclusão da polícia de São Francisco de que não havia evidências de crime, a mãe de Suchir, Poornima Ramarao, contesta veementemente essa versão e alega que seu filho foi assassinado.

Poornima tem usado as redes sociais para expor sua crença de que houve um crime. Ela revelou que uma autópsia independente contradisse as conclusões da autópsia oficial. “A autópsia privada não confirma a causa de morte declarada pela polícia”, escreveu. Poornima também destacou sinais de luta no apartamento de Balaji, incluindo manchas de sangue no banheiro. “O apartamento do Suchir foi revirado. Há sinais claros de luta no banheiro e parece que alguém o atacou ali”, afirmou, classificando o ocorrido como “um assassinato a sangue frio”.

Elon Musk Entra na Discussão

O bilionário Elon Musk adicionou peso às demandas de Poornima ao questionar a conclusão de suicídio. Em um post na plataforma X, Musk declarou: “Isto não parece suicídio”. Sua participação chamou a atenção do público para o caso, especialmente devido à sua relação histórica com a OpenAI, da qual foi cofundador.

Antes de sua morte, Balaji havia se tornado uma figura controversa na indústria de tecnologia devido às críticas contra a OpenAI. Ele acusava a empresa de utilizar dados protegidos por direitos autorais sem autorização em seus modelos de inteligência artificial. Essas práticas, segundo Balaji, prejudicavam o ecossistema da internet. Em outubro de 2023, ele chegou a declarar ao The New York Times: “Se você acredita no que eu acredito, precisa deixar a empresa”.

Balaji deixou a OpenAI em agosto de 2023, alegando divergências éticas, e vinha denunciando publicamente práticas que considerava prejudiciais para a sociedade. A OpenAI, por sua vez, negou as acusações, afirmando que seus modelos são desenvolvidos em conformidade com princípios legais e de uso justo.

Demandas por Justiça e Proteção a Denunciantes

A mãe de Balaji não está sozinha em sua luta. A tragédia gerou um movimento maior dentro e fora da indústria de tecnologia, com pedidos crescentes por uma investigação mais transparente e pela proteção de denunciantes. Especialistas e ativistas destacam que o caso expõe vulnerabilidades enfrentadas por aqueles que desafiam grandes corporações.

Adicionalmente, o pai de Suchir, Balaji Ramamurthy, compartilhou detalhes sobre os últimos dias do filho, ressaltando que ele parecia estar em boa saúde mental. “Falamos com ele no dia 22 de novembro. Ele estava animado com a viagem para Los Angeles e nos enviou fotos do aniversário”, disse em uma vigília realizada em Milpitas, Califórnia.

A morte de Balaji tem levado à reflexão sobre as responsabilidades éticas das empresas de tecnologia e as consequências do avanço descontrolado da inteligência artificial. O caso também reabre discussões sobre a transparência e a responsabilidade das autoridades em investigações criminais.

Com a pressão crescente por uma investigação federal, resta saber se a justiça será feita e se o caso de Suchir Balaji servirá como um marco na proteção de profissionais que ousam expor a verdade em uma indústria tão poderosa quanto a da tecnologia.


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