“Não estou com minha planilha”, diz Secretária de Saúde sobre atraso de salários dos profissionais do 28 de Agosto; veja vídeo
Manaus – Na manhã desta segunda-feira (, uma reunião de extrema importância aconteceu na sede do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) para discutir a grave crise que assola o sistema de saúde estadual. O encontro veio após a fiscalização emergencial realizada no último sábado (21) no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, que revelou um cenário alarmante. Essa ação do MPAM foi motivada por uma série de matérias investigativas publicadas pelo Portal e TV CM7 Brasil, que têm exposto com seriedade os inúmeros problemas na gestão pública de saúde no Amazonas.
As denúncias trouxeram à tona atrasos no pagamento de profissionais de saúde, falta de medicamentos, e condições precárias no atendimento hospitalar. Durante a reunião, ao ser questionada sobre os pagamentos em atraso, a secretária de Saúde do Estado admitiu não ter números exatos sobre o total da dívida acumulada e, pior, não deu nenhuma previsão de quando os profissionais – que há meses estão sem receber – serão finalmente pagos. A confissão causou indignação e reforçou a gravidade da situação, evidenciando a negligência com aqueles que estão na linha de frente do atendimento médico.
No domingo, menos de 24 horas após a fiscalização, o MPAM emitiu uma recomendação oficial ao Governo do Estado e ao Instituto de Traumato-Ortopedia do Amazonas (ITO-AM), exigindo providências imediatas para evitar o colapso dos serviços de saúde. O órgão deixou claro que, em caso de descumprimento, poderá adotar medidas judiciais, tanto cíveis quanto criminais, contra os responsáveis.
As reportagens da CM7 Brasil têm sido fundamentais nesse processo, atuando como uma ponte entre a realidade enfrentada pelos profissionais de saúde e a população. Ao expor a má gestão e cobrar respostas, o portal tornou-se um instrumento de transformação social, amplificando vozes que clamam por dignidade e condições adequadas de trabalho e atendimento.
Agora, o Ministério Público mantém a pressão sobre as autoridades, exigindo transparência e ações concretas. A mobilização mostra que, mesmo diante da crise, o jornalismo e a fiscalização ainda são as principais ferramentas de defesa da população e dos direitos fundamentais, como a saúde pública.
