Fumaça tóxica das queimadas no interior do AM continua chegando em Manaus; veja vídeo
Amazonas – A cidade de Manaus, localizada no coração da Amazônia, continua a sofrer com os efeitos da fumaça tóxica proveniente de incêndios de grandes proporções que assolam municípios do interior do Amazonas. Os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam uma situação alarmante, com graves consequências para a saúde da população e o meio ambiente.
Fumaça Tóxica Invade Manaus: O Pesadelo da População
Na madrugada de sexta-feira (01/09), um forte cheiro de fumaça se infiltrou nas casas de Manaus, causando desconforto e preocupação. Essa fumaça é resultado dos incêndios que ocorrem em Autazes e Careiro da Várzea, municípios do interior do Amazonas. O fenômeno é impulsionado pelo fenômeno El Niño, que intensifica a temporada de queimadas no estado. Até esta quarta-feira (6), o fumaceiro tóxico continua afetando a saúde da população na capital amazonense.
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O Amazonas liderou o ranking de queimadas na Amazônia na última quinzena de agosto, com 5.474 focos registrados, dos quais 4.128 ocorreram nos últimos 16 dias. Isso representa uma parcela significativa dos focos de calor em toda a Amazônia Legal. A direção do vento, que sopra de sul-sudeste para norte-noroeste em direção a Manaus, contribui para que a fumaça atinja a capital amazonense.
Desmatamento em Queda, Focos de Calor em Alta
Embora o desmatamento na Amazônia brasileira tenha registrado uma queda de 42,5% de janeiro a julho deste ano, os picos de focos de calor atingiram níveis alarmantes em junho, com 3.075 focos, algo que não ocorria há 16 anos. Em agosto, o Amazonas registrou uma redução de 32% nos focos de calor em comparação com o mesmo mês em 2022, contabilizando 5.474 focos. No entanto, a situação atual é preocupante, especialmente devido à chegada do El Niño, que torna as florestas mais secas e suscetíveis a incêndios.
Impacto na Saúde e nas Comunidades Locais
A fumaça que cobre Manaus tem origem em regiões como Autazes, mas afeta áreas mais amplas. Além dos impactos ambientais, a saúde da população é profundamente afetada. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes são particularmente vulneráveis. O Sistema Único de Saúde (SUS) pode enfrentar uma sobrecarga devido a atendimentos médicos relacionados a doenças respiratórias e cardiovasculares.
A situação também levanta questões sobre os direitos territoriais indígenas e a pressão para exploração de recursos naturais, como o potássio, na região de Autazes. A busca por lucro muitas vezes se sobrepõe ao essencial, como saúde e educação.
O Amazonas segue enfrentando desafios ambientais e de saúde pública, e a conscientização sobre as consequências das queimadas é fundamental para proteger a floresta e as comunidades locais.
