Batalha de Poder: Aneel adia decisão sobre irmãos Batista assumirem Amazonas Energia
Amazonas – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou a votação que decidirá se o controle da Amazonas Energia será transferido para a Âmbar Energia, dos irmãos Batista. Em uma reunião extraordinária realizada na última sexta-feira (27) de setembro, a diretoria da Aneel ficou dividida, resultando em um impasse que poderá adiar indefinidamente a decisão em questão. A nova votação está marcada para terça-feira, 1º de outubro, mas já levanta questionamentos sobre a transparência e os interesses envolvidos.
A situação se complica ainda mais devido a uma decisão judicial que estipulou um prazo de 48 horas para a aprovação do acordo. Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, manifestou a intenção de dialogar com a juíza responsável pelo caso, tentando justificar o adiamento com a ausência de um quinto diretor na votação. Contudo, essa falta de quorum não pode ser vista apenas como um detalhe técnico; ela revela a fragilidade da governança no setor elétrico e a complexidade das relações de poder que envolvem a Amazonas Energia, uma das concessões mais desafiadoras do país.
Os irmãos Batista, conhecidos por sua influência no setor, têm seus próprios interesses a zelar, mas a questão vai além de negócios pessoais. A transição de controle de uma concessionária vital como a Amazonas Energia deve ser um processo claro e transparente, levando em consideração não apenas o retorno financeiro, mas também o bem-estar da população que depende dos serviços prestados. As críticas aos irmãos Batista aumentam na medida em que se questiona se suas motivações realmente estão alinhadas com o interesse público ou se, por trás da mudança, há apenas uma jogada estratégica em um tabuleiro muito maior.
O adiamento da votação e o clima de incerteza em torno do futuro da Amazonas Energia são um convite à reflexão. Como podemos confiar em uma gestão que oscila entre decisões equivocadas e interesses ocultos? O setor elétrico brasileiro precisa de mais do que apenas empresários influentes; é urgente que haja uma liderança comprometida com a transparência e a responsabilidade social.
A situação atual da Amazonas Energia se apresenta como um microcosmo das tensões que permeiam o setor energético nacional. À medida que a Aneel se prepara para retomar a votação, o público deve permanecer atento e crítico, exigindo não apenas respostas, mas soluções que priorizem a sociedade em detrimento de interesses pessoais. O futuro da energia na Amazônia e, consequentemente, no Brasil, pode estar em jogo.
Urgente: Amazonas Energia deve estar nas mãos dos irmãos Batista em 48 horas, determina juíza