Atendimento no hospital Delphina Aziz em Manaus ficará restrito para casos graves de coronavírus, diz Governo
O atendimento no Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, na Zona Norte de Manaus, terá seu perfil de atendimento alterado, passando a atuar de forma exclusiva para o atendimento de pacientes graves suspeitos ou confirmados de Covid-19, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Susam). A mudança começa a vigorar na segunda-feira (23).
De acordo com a secretaria, a mudança considera a necessidade de “correta gestão de leitos e a experiência internacional, em que se verificou a dificuldade dos sistemas de saúde diante do elevado número de casos graves da Covid-19”,
A secretária Executiva Adjunta de Atenção Especializada da Capital, da Susam, Dayana Mejia de Sousa, explica que enquanto a medida for necessária a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Sales será a unidade de porta de entrada de urgência e emergência para a região norte.
Os casos que exigirem assistência mais especializada e que não estejam relacionados à Covid-19 serão transferidos para outros hospitais e prontos-socorros da capital.
A mudança temporária no perfil de atendimento do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz está definida na Nota Técnica nº 001/2020, assinada na sexta-feira (20).
“O Delphina passar a ter os leitos específicos para Covid-19. Tanto para as internações clássicas, convencionais, quanto para internações mais graves, onde a gente vai precisar ter esses pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A partir de agora, fechamos o Delphina enquanto unidade de porta aberta, usaremos a porta da UPA, e referenciando todos os pacientes de Covid-19 para o Delphina”, disse a secretária executiva da Capital.
Atualmente, o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz já tem à disposição 50 leitos de UTI para pacientes de Covid-19. De acordo com Dayana Mejia, apesar do Amazonas ainda não precisar de mais leitos além dos que estão disponíveis, a unidade da zona norte de Manaus é a que tem o melhor potencial de expansão de leitos de alta complexidade em tempo oportuno, podendo chegar a 300.
“Nesse momento, começa a ampliação dos leitos de UTI no hospital. Nós ainda não estamos precisando, que isso fique bem claro, para não causar pânico. Nós só estamos sendo prudente. Estamos fazendo com uma diferença de 15 dias de antecipação o que outros países fizeram no momento em que o problema estava acontecendo. Já temos 50 leitos, e começaremos a transferir pacientes internados, que não são por Covid-19, para outras unidades da rede, e vamos referenciar exclusivamente para o Delphina casos de Covid-19 e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Desde o dia 29 de fevereiro até esta sexta-feira (20), o Amazonas registrou 72 casos suspeitos da Covid-19, dos quais 52 foram descartados, 13 estão em investigação e sete foram confirmados. Desses, seis foram importados e um está em investigação para saber a origem do contágio do paciente.